sexta-feira, 29 de julho de 2011

Quadrilha - Teresa

 O amor mata. Mata por acaso e por si só.
Amei e fui amada, mas amei alguém que amava outra pessoa e não eu. Fui amada por alguém que eu não amava. O paralelo entre o amor correspondido eu não pude conhecer. A intensidade desse sentimento é muito grande, ele me tirou o sono, a alegria, o sorriso e as lágrimas. Ele me machucou. Essa ferida não pode ser vista, porém dói mais e não se cicatriza. Ver e sentir que o amor que eu desejo possuir está sendo entregue a outra pessoa, perturba e é desolador. Receber o amor e não poder corresponde-lo, é triste.
O amor é traiçoeiro, ao mesmo tempo em que se dá, se retira. Causa intriga e discórdia. Uma vez enlaçada por ele, só existe duas saídas, a morte e a fuga.
Prefiro fugir, pois na morte ainda há mais amor do que na fuga, porque significa que ele venceu e você desistiu, o que lhe dá ainda mais força. Na fuga há um afastamento, o que permite fazer a troca do amor pela apatia e conformidade, onde o amor não se intromete.
E é o que resta a fazer depois que o amor mata por acaso uma de suas vitimas, e causa dor a quem não pôde impedir que isso acontecesse.

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